Em assembléia realizada na noite desta quinta-feira (23/10) no auditório do Sindicato dos Bancários da Paraíba (Seeb-PB), os bancários da Caixa Econômica rejeitaram, por ampla maioria, a proposta apresentada hoje pela diretoria do banco. Apesar de terem recusado politicamente o índice de 10% de aumento para quem ganha até R$ 2,5 mil e de 8,15% para os que recebem acima desse valor, eles decidiram acompanhar a maioria dos estados do país e voltar ao trabalho nesta sexta-feira, 24. Para o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba Lucius Fabiani, a atual proposta não avançou em relação ao que foi oferecido anteontem (quarta-feira). Segundo ele, na mesa de negociações específicas da Caixa não foi acordado nada além do índice, a não ser uma promessa de retomar a discussão do Plano de Cargos e Salários (PCS), compromisso já firmado anteriormente. “Ainda assim, se não tivéssemos insistido na mobilização, não teríamos saído dos primeiros 7,5% de aumento proposto inicialmente”, justifica Fabiani. “Não chegamos ao ideal, mas todos os benefícios conquistados foi pela força de nossa greve, uma das mais fortes dos últimos cinco anos, que mostrou que o trabalhador não está submisso a tudo o que o patrão determina”. Apenas as bases de Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro (capital) e São Paulo (capital) rejeitaram a proposta e continuam em greve. Goiânia marcou assembléia para segunda-feira, pois amanhã é feriado. Maranhão rejeitou a proposta, volta ao trabalho amanhã e acata a decisão nacional. A Caixa manteve o discurso apresentado na última quarta-feira justificando não ter possibilidades de aumentar as propostas relativas às cláusulas econômicas (como reajuste e PLR). O banco afirmou que o PCC será tema de debate na mesa de negociação permanente entre bancários e empresa. Entre as mudanças apresentadas estão o aumento do auxílio-refeição de R$ 323,84 por mês para R$ 350,23; auxílio cesta alimentação de R$ 252,33 para R$ 272,89; 13ª cesta alimentação no valor de R$ 272,89; auxílio creche de R$ 181,40 para R$ 196,18, e PLR básica de 90% da remuneração base (12,5% de aumento na cota praticada em 2007), acrescida de parcela fixa de R$ 966,00 (aumento de 10% na parcela fixa) com teto de R$ 6.301,00 (aumento de 8,15%). “Precisamos voltar a discutir questões específicas da Caixa no momento certo. Não dá para resolver tudo de uma vez, por isso é importante começar as discussões e mobilizações desde o começo do ano e não apenas na época da campanha salarial”, avaliou o secretário-geral do Seeb-PB Marcos Henriques e Silva.
Dias parados
Quanto aos dias parados, a Caixa informou que o valor descontado relativo ao dia 30 de setembro será devolvido aos bancários até o dia 20 de novembro. Além disso, o banco afirmou que a paralisação de ontem, dia 23, terá o mesmo tratamento dado aos demais dias de greve pela proposta da Fenaban, ou seja, compensação. No entanto, a compensação na Caixa será feita até o dia 16 de dezembro.
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