INTERNACIONAL - O presidente eleito Barack Obama deixou as celebrações da vitória histórica para os americanos e o mundo. Ele já articula sua equipe de governo e, diante da mais grave crise econômica desde a Grande Depressão (1929), deve anunciar ainda hoje o nome do seu secretário do Tesouro. O secretário tem papel central na política econômica adotada pelo governo e pode indicar a estratégia de Obama para resolver a crise e afastar o fantasma da recessão. O nome escolhido será o responsável pela execução do pacote de resgate financeiro de US$ 700 bilhões para a compra de ativos "podres" (sem liquidez) e a recapitalização de instituições financeiras. Na lista de especulações, Timothy Geithner, presidente do Federal Reserve (Banco Central) em Nova York, Lawrence Summers, ex-secretário do Tesouro e Paul Volcker, ex-presidente do FED (Banco Central americano). O anúncio é mais um sinal de que Obama prepara sua equipe de transição há semanas e responde aos apelos de diversos líderes mundiais por medidas urgentes contra a crise financeira que começou em solo americano e ganhou âmbito global. Nesta quarta-feira, ele já recebeu as primeiras notícias negativas para seu governo. No primeiro dia de Obama como presidente eleito, o governo anunciou redução de 157 mil postos de trabalho em outubro no setor privado, enquanto as contratações no setor de serviço caíram acentuadamente. Obama, primeiro presidente negro do país, ouviu um coro de congratulações do mundo todo, mas também alertas sobre a iminência de uma recessão global, que deve dominar os primeiros meses do seu governo e que deve estar no topo de suas prioridades assim que tomar posse, em 20 de janeiro. Investidores e líderes mundiais manifestaram esperança de que Obama possa guiar a comunidade internacional, enquanto os mercados aguardam o anúncio do novo secretário.
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