Pesquisa mostra que 400 mil deixaram a linha de pobreza na PB

Contra fatos – e números – não há argumentos: a Paraíba melhorou. É o que diz, a exemplo do IBGE em referência ao PIB - Produto Interno Bruto, o Laboratório de Estudo da Pobreza, vinculado ao Curso de Pós-Graduação em Economia, da Universidade Federal do Ceará (UFC), ao constatar que quase 400 mil paraibanos deixaram a linha de pobreza entre 2002 a 2007. Em 2002, eram 2,3 milhões de pobres no estado, considerando as pessoas que ganhavam até meio salário mínimo. Em 2007, o número caiu para 1,9 milhão, com uma queda de mais de 17% em cinco anos. Apesar dos números ainda apontarem um alto índice de pobreza, a Paraíba tem forte motivo para comemorar o resultado da pesquisa da universidade cearense. A queda dos “bolsões de pobreza” vem sendo observada desde 2002, ao contrário de anos anteriores. De 1995 para 2002, por exemplo, o número de paraibanos pobres cresceu. Em 1995, eram 2,1 milhões de pessoas consideradas pobres. Sete anos depois, o número subiu para 2,3 milhões, quase 200 mil pessoas a mais, o que representa um crescimento de 7,2%. Os dados constam na pesquisa que faz análise comparativa do Ceará com os outros estados do Nordeste e do Brasil, a partir da evolução dos principais indicadores sociais, que inclui microdados da Pnad – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 1995 a 2007. Os números foram divulgados no final de setembro, sob a responsabilidade dos professores Flávio Ataliba, Carlos Alberto Manso, Paulo Faustino e Pedro Andrade, do LEP/Caen. O percentual de 17% de queda nos cinco anos diagnosticado pelos professores da UFC demonstra que as recentes políticas sociais e de geração de emprego e renda no estado têm surtido efeito. Estados como Alagoas (16,20%), Maranhão (14,89%), Ceará (13,73%) e Pernambuco (13,30%) obtiveram índices aquém dos observados na Paraíba. A pesquisa aponta ainda que o índice paraibano que detecta uma elevada diminuição no número de pessoas na linha de pobreza é superior à estatística referente ao Nordeste, que é de 16,67%. Apresenta, no entanto, uma ligeira diferença da média nacional, estimada em 20,77%. A renda familiar per capita compõe outro item da pesquisa do LEP/Caen que coloca a Paraíba num ranking positivo. De 1995 a 2002, a renda da família paraibana caiu de R$ 278,61 para R$ 275,32 – queda de 1,18%. De 2002 a 2007, no entanto, houve um crescimento de 24,32%, ou seja, saiu de R$ 275,32 para R$ 345,10. Chama ainda a atenção a posição – terceira - da Paraíba no ranking entre os estados da região Nordeste, acima do Piauí (R$ 329,63), Bahia (R$ 319,07), Alagoas (R$ 310,67), Pernambuco (R$ 309,21), Ceará (R$ 293,34) e Maranhão (R$ 264,20). O vizinho Rio Grande do Norte lidera o ranking, com R$ 363,80, seguido de Sergipe (R$ 349,98). Na média de 2006/2007, o número é considerado mais positivo. O estado apresentou um aumento na renda familiar per capita média de 5,39%, acima, portanto, da média nacional (2,74%) e do Nordeste (3,03%), superando o Rio Grande do Norte (5,30%), Ceará (4,2%), Bahia (3,99%), Sergipe (2,26%), Pernambuco (-2,15%) e Maranhão (-1,36%).
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