Advogado do PCB reage a pedido de vistas: ‘foi manobra protelatória a pedido do governador’

O advogado Ivan Pinheiro, que faz a defesa do Partido Comunista Brasileiro (PCB) no Caso FAC, reagiu com indignação ao que ele chamou de ‘manobra protelatória’ quando, na sessão desta quarta-feira, o ministro Arnaldo Versiani pediu vistas dos embargos, anunciando seu voto apenas para fevereiro de 2009.
“É lamentável. Os ministros tiveram tempo suficiente pra analisar o processo. O Tribunal está em sessão permanente até sexta-feira e o ministro podia ter pedido vistas para até a sessão de hoje. O que nós vimos ontem foi uma manobra protelatória na qual se deu bem o governador”, disse.
Ontem, os sete embargos interpostos à ação foram levados ao pleno do TSE. O pedido de vista aconteceu no terceiro embargo. “O do PCB já havia sido desconhecido pelo Tribunal. Eu fui à tribuna para perguntar ao ministro se ele se referia ao processo do PCB, porque, se fosse, nós iríamos abrir mão do embargo ontem mesmo, para evitar manobra protelatória”, argumentou.
O PCB, que defende a cassação do governador, discorda da posse do segundo colocado (no caso, o senador peemedebista José Maranhão), e vai aguardar o retorno das atividades forenses para o desfecho desta questão. “Continua mais um capítulo dessa novela de mau gosto. Queremos lamentar e nos solidarizar com o ministro Joaquim Barbosa, que afirmou – e nós concordamos integralmente – que essa demora no julgamento é uma das coisas que desmoraliza o Poder Judiciário, e se retirou do plenário, impedindo o quorum das votações seguintes”, completou o advogado.
Para Ivan Pinheiro, o que ocorreu foi um esquema de advogados interferindo no julgamento, com o tribunal favorecendo advogados com mais status entre os ministros.
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