Os deputados estaduais da base aliada do governador Cássio Cunha Lima (PSDB) já vêm, há algum tempo, demonstrando insatisfação com a possibilidade de o mandato do tucano acabar antes do final por decisão da Justiça Eleitoral. Também não faltam críticas às perspectivas de como será o mandato exercido pelo senador José Maranhão (PMDB). Ontem, o deputado Zenóbio Toscano (PSDB) chamou de 'terrorismo' as declarações de Maranhão e seus advogados em querer anular os Planos de Cargos, Carreira e Remuneração aprovados pelo Legislativo. Toscano emitiu em plenário o requerimento 8.990/2008, apelando a Cássio que envie para apreciação pela Assembléia Legislativa os Planos de Cargos, Carreira e Remuneração que já estão concluídos pela Secretaria de Estado da Administração. Zenóbio esclareceu que sempre que os advogados do senador José Maranhão entram na mídia, ameaçando seguidas ações populares com o objetivo de anular todos os Planos de Cargos, Carreira e Remuneração, concursos públicos e outros benefícios para o funcionalismo público, implantados na administração do governador Cássio Cunha Lima, isso afeta diretamente a tranqüilidade dos servidores públicos estaduais. "O senador Maranhão procura levar à opinião pública nacional uma imagem negativa da Paraíba, como se o nosso estado estivesse em um caos administrativo, com o barco à deriva, com o objetivo de ver se isso influencia as decisões tomadas pelo TSE e no STF. No governo Cássio já foram implantados planos que beneficiaram cerca de 80% de servidores estaduais da administração estadual direta e indireta, além de aposentados e inativos", afirmou. Ainda de acordo com Zenóbio Toscano, o senador Maranhão se caracterizou como um grande adversário do servidor público estadual. E citou vários exemplos do tratamento dispensado pelo senador ao funcionalismo na época em que esteve à frente do governo do Estado, enfatizando a greve de fome realizada pelos servidores da UEPB para tentar negociar melhorias salariais. "Nem assim conseguiram uma audiência com o ex-governador. A Paraíba não se esquece também dos tanques de guerra na Praça João Pessoa, com o objetivo de intimidar a Polícia Militar que estava pacificamente em greve, reivindicando seus direitos", completou

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