Pedido de vista adiou análise sobre cassação do mandato de Lago. Relator do processo defendeu cassação do governador e vice.
Um pedido de vista do ministro Félix Fischer, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), adiou para 2009 o julgamento sobre o futuro do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), e de seu vice, Luiz Carlos Porto (PPS). Ambos são acusados por compra de votos e abuso de poder econômico nas eleições de 2006. Em plenário, na noite desta quinta-feira (18), apenas o relator do processo, ministro Eros Grau, votou. Ele se manifestou a favor do recurso que pede a cassação do mandato do Lago e Porto. Entretanto, após o único voto, Félix Fischer pediu mais tempo para analisar o caso. Na ação, a coligação ligada à candidatura de Roseana Sarney (PMDB), que ficou em segundo lugar nas eleições para governador do estado em 2006, acusou o governador por captação de votos por meio da distribuição de cestas básicas a pescadores e também apontou que Lago teria criado convênio com a Associação dos Moradores do Povoado de Tanque com o objetivo de desviar dinheiro, distribuir combustível, reformar e construir casas na periferia. Em plenário, o advogado da coligação de Roseana, Heli Lopes Dourado, acusou o grupo liderado pelo então governador José Reinaldo de ter desviado R$ 806 milhões de convênios para a “compra de eleitores” para votarem em Jackson Lago. “Não se tem na Justiça eleitoral algo parecido. Tudo começa quando o governador José Reinaldo rompe a parceria de 30 anos com seus aliados (o grupo de Sarney)”, disse. Dourado acusou também que Reinaldo e Jackson Lago teriam “saído pelo interior do Maranhão” fazendo comício e assinando convênios. “A campanha de Barack Obama não custou o que custou a campanha no Maranhão”, completou o advogado. Para ele, se o TSE não acatar os argumentos está dando “uma cartilha de como fraudar eleição”.
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