Todos os governadores do Nordeste, mais o de Minas Gerais e Espírito Santo se pronunciaram hipotecando solidariedade com o governador Cássio Cunha Lima (PSDB), depois de pronunciamento feito no Encontro, no Palácio das Princesas, relatando o processo de cassação quando, mais uma vez, pontuou item por item das alegações do Ministério Público e TSE afirmando ser inocente e estar a reivindicar chances para se defender. Assim que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou a palavra aos governadores no Fórum de Governadores realizado em Recife, nesta terça, 2, o governador Eduardo Campos pediu atenção dos demais chefes do executivo para, inicialmente, ouvir o depoimento do governador paraibano. Cássio teria apenas cinco minutos para falar, mas imediatamente Cid Gomes e Paulo Hartung disseram que abdicavam do tempo para o governador paraibano. A partir desse momento, Cássio historiou todo o processo desde o Tribunal Regional Eleitoral focando o programa da FAC, a distorção sobre a distribuição de 35 mil cheques acusando-o de pessoalmente entregar cheques, condição essa que ele repudiava porque inexistiu em todo o processo. Ele ainda falou da confusão feita em torno do programa da FAC, do Ciranda de Serviços e da Casa Civil lembrando que no periodo eleitoral nenhum deles existiu. Falou ainda de documentos provando a existência de dotação orçamentária e lei especifica, mesmo assim os tribunais insistiram em não abrigar sua defesa. Segundo o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), Cássio contou em pormenores o que está acontecendo em seu estado, dizendo que muito do que sai na Imprensa não é correto e pedindo para que seus colegas não se deixem levar por ‘releses’ copiados de jornal a jornal. Na seqüência todos os demais governadores se manifestaram solidários com Cássio. Jackson Lago, do Maranhão, não só se solidarizou como pediu que haja uma ação politica posterior ao Encontro dos governadores para manter a legitimidade dos mandatos conquistados pelo voto.Marcelo Deda afirmou que é preciso acabar com essa cultura de segundo, terceiro e tantos turnos. O governador paraibano, em entrevista, falou com jornalistas instigado por repórteres dos grandes jornais nacionais dizendo-se ser vitima de distorções. “O povo da Paraíba me elegeu por quatro vezes, primeiro e segundo turno em 2002 e primeiro e segundo turno em 2006, então estou lutando para exercer um mandato que me foi concedido de forma legítima e para, sobretudo, preservar o que é essencial na democracia e que nós não podemos perder de vista, que é essa soberania do voto popular...se um país como nosso perde a perspectiva de que todo o poder emana do povo e é o povo que deve escolher seus governantes, é grave para a democracia e eu confio plenamente nas nossas instituições e na Justiça Eleitoral, que haverá de corrigir o equívoco que foi praticado”. Segundo o governador, o processo está falho. Quando questionado a que ele atribui esses ‘erros’ do processo saiu-se: “As pessoas falham” e há muitas confusões em relação aos vários programas analisados pela Justiça.
Wscom
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