Lagoa de Dentro: insegurança leva Juiz a suspender manifestações eleitorais

O clima bastante acirrado e a falta de segurança levaram o juiz da 60ª Zona Eleitoral, Antônio Carneiro de Paiva Junior a proibir quaisquer manifestações eleitorais até o próximo sábado, 13, no município de Lagoa de Dentro, a 97 km de João Pessoa. Esta é a segunda vez que o juiz toma essa decisão na cidade. Segundo o juiz, a cidade conta apenas com um policial e um delegado que não estão dando conta dos problemas ocasionados pela disputa política. “O clima na cidade está insuportável por conta da disputa entre os dois candidatos, os ânimos estão acirrados e estamos registrando muito incidentes”, justifica. E para controlar a situação de imediato o magistrado decidiu suspender a realização de comícios, carreatas, passeatas, circulação de carros de som e outras atividades de campanhas dos candidatos na cidade. Quem não respeitar a decisão da justiça será enquadrado em crime de desobediência e poderá ser preso, além de responder a processo. “Fora a proibição, já oficializei a situação ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), Nilo Ramalho, no sentido dele solicitar providências junto à Secretaria de Segurança Pública com o objetivo de ser disponibilizado mais policiais e viaturas para garantir a paz durante este período”, revelou Antônio Carneiro. Lagoa de Dentro possui uma população estimada em 7,2 mil habitantes, possui cerca de 6 mil eleitores. Está mais próxima da cidade de Mamanguape, mas o destacamento policial está subordinado a Companhia de Solânea. “No dia de muita sorte contamos com dois policiais na cidade. Estamos nos valendo do apoio dos policiais de Jacaraú”, acrescenta o magistrado.

Dois candidatos disputam a eleição majoritária na cidade. Edson Felix (PP), atual prefeito e Suely Freire (PMDB), atual vice-prefeita. Por conta dessa proximidade, a cidade está divida e as discussões entre partidários excedem o limite do bom senso e acaba em confusão. “Mas vamos garantir a segurança, nem que seja com mais proibições”, completa Antônio Carneiro de Paiva Junior.

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