Presidentes declaram apoio a Morales e rechaçam 'golpe civil'

Os presidentes sul-americanos reunidos na segunda-feira (15) na capital chilena deram uma forte e unânime declaração de apoio ao governo do presidente Evo Morales e rechaçaram qualquer tentativa de golpe da oposição na Bolívia.
Ao ler uma declaração de nove pontos, em que se recordou do golpe militar de 11 de setembro de 1973 no Chile, a presidente Michelle Bachelet disse que para os mandatários sul-americanos não há justificativas para os atropelos aos direitos humanos.
Nove presidentes sul-americanos estiveram por mais de cinco horas em uma reunião de emergência no palácio presidencial de La Moneda, atendendo a um chamado urgente da mandatária chilena aos líderes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), da qual Bachelet é a atual presidente, para discutir o conflito entre o governo socialista e a oposição de direita, que pleiteia autonomia para algumas regiões.

Os países da Unasul "advertem que seus respectivos governos rechaçam energicamente e não reconhecerão qualquer situação que implique uma tentativa de golpe civil, de ruptura da ordem institucional ou que comprometa a integridade territorial da República da Bolívia", disse Bachelet. A declaração, ao término da reunião de emergência, condenou os ataques a instalações do governo na Bolívia e um massacre no departamento de Panda, em que morreram partidários de Morales. Bachelet disse que a Unasul chamou ao diálogo para estabelecer condições que permitam superar a crise e buscar uma situação confortável na Bolívia. "Os presidentes da Unasul concordam em criar uma comissão aberta a todos os seus membros, coordenada com a presidência pró-tempore, para acompanhar os trabalhos dessa mesa de diálogo conduzida pelo legítimo governo da Bolívia", afirmou Bachelet.

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