Ao ler uma declaração de nove pontos, em que se recordou do golpe militar de 11 de setembro de 1973 no Chile, a presidente Michelle Bachelet disse que para os mandatários sul-americanos não há justificativas para os atropelos aos direitos humanos.
Nove presidentes sul-americanos estiveram por mais de cinco horas em uma reunião de emergência no palácio presidencial de La Moneda, atendendo a um chamado urgente da mandatária chilena aos líderes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), da qual Bachelet é a atual presidente, para discutir o conflito entre o governo socialista e a oposição de direita, que pleiteia autonomia para algumas regiões.
Os países da Unasul "advertem que seus respectivos governos rechaçam energicamente e não reconhecerão qualquer situação que implique uma tentativa de golpe civil, de ruptura da ordem institucional ou que comprometa a integridade territorial da República da Bolívia", disse Bachelet. A declaração, ao término da reunião de emergência, condenou os ataques a instalações do governo na Bolívia e um massacre no departamento de Panda, em que morreram partidários de Morales. Bachelet disse que a Unasul chamou ao diálogo para estabelecer condições que permitam superar a crise e buscar uma situação confortável na Bolívia. "Os presidentes da Unasul concordam em criar uma comissão aberta a todos os seus membros, coordenada com a presidência pró-tempore, para acompanhar os trabalhos dessa mesa de diálogo conduzida pelo legítimo governo da Bolívia", afirmou Bachelet.
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