Senador cassado em 2004 por compra de voto tenta voltar ao cargo

Nacional - O único senador cassado por compra de votos no Brasil, João Capiberibe (PSB-AP), tenta voltar ao cargo. Eleito em 2002 para o mandato que terminaria apenas em janeiro de 2011, foi cassado em 2004 sob acusação de que teria comprado dois votos a R$ 26 cada.

Após o TSE adiar o julgamento de um processo contra o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, porque seu vice não teria sido ouvido no processo, Capiberibe decidiu entrar com um recurso contra sua cassação alegando que seu suplente também não foi ouvido. Segundo ele, o recurso foi protocolado há três meses, mas ainda não há resposta.

Com a cassação de Capiberibe, o senador Gilvam Borges (PMDB-AP), o terceiro colocado na eleição de 2002, assumiu a cadeira.
"[Com a decisão no processo do governador catarinense,] abriu precedente para que eu reivindicasse o mesmo direito. Entrei com recurso para que seja anulado o processo que cassou meu mandato. Se ele tem esse direito, eu também posso ter. Eu poderia voltar porque meu mandato terminaria em 2010. (...) Mas não alimento esperança [de voltar ao Senado], eu reivindico porque tenho direito", disse o ex-senador. Capiberibe disse acreditar que conseguirá a anulação da sua cassação somente depois que o mandato terminar.
EXPEDITO JÚNIOR
Na última terça-feira, 02.09, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que Expedito Júnior (PR-RO) terá que desocupar o cargo de senador da República. Em agosto, ele teve o seu diploma cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE-RO). O senador, então, entrou com recurso no TSE. Apesar da decisão desta noite, na qual os ministros entenderam que o parlamentar terá de deixar a função de senador, uma posição final sobre o afastamento ou não de Expedito deverá ser tomada pelo Senado, de acordo com o TSE. Expedito Júnior ainda pode recorrer da cassação de seu diploma no próprio tribunal.
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